terça-feira, 22 de abril de 2008

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terça-feira, 1 de abril de 2008

Era uma vez uma (bela) cidade



Era uma vez uma cidade e sua bela história pra contar, pra se ouvir e principalmente pra se ver. Casarões, pontes, praças, igrejas, monumentos. Aos poucos ela vai perdendo seus membros, desintegrando-se, como um sabonete jogado no Rio Capibaribe.


Foi-se a Igreja do Senhor Bom Jesus dos Martírios e mais dezenas de casarões para dar lugar a atual Avenida Dantas Barreto - no meio do caminho havia uma pedra; ai se todas elas fossem iguais àquela.

Edifícios de arquitetura "moderna" se espalharam por todo o centro histórico nos anos 50 a 70, jogando pelo ralo nossa história, e agora são grandes elefantes de concreto, combinando apenas com o carbono que briga com o restinho do oxigênio flutuante ao quadrado...Isso é química, física, ou patologia?

Era uma vez belos arcos que foram arrancados da cabeceira da atual ponte Maurício de Nassau, entre outros espalhados pelo velho Recife. A famosa ponte giratória, nos meus 32 anos de idade nem cheguei a conhecer, mas sinto uma estranha saudade. O que eu vi foi o antigo Hotel Boa Viagem ser destruído e vi lá do Pina, a planitude do Cais de Santa Rita ser dissipada por dois espigões de arquitetura tão óbvia quanto um par de velas apagadas.

A próxima amputação na nossa cidade está sendo a remoção das históricas pedras portuguesas de ruas, praças e avenidas do centro, como da Avenida Guararapes, Praça do Diário e mais recentemente toda a extensão do calçadão de Boa Viagem e Pina, para dar lugar a blocos de pedras coloridas que mais parecem cimento tingido e de qualidade questionável.

No meio do caminho de administradores públicos inadjetiváveis havia várias pedras, mas essas pedras não poderiam ter saído do seu lugar.