terça-feira, 14 de outubro de 2008

Bjork me disse


Bjork falou o que eu queria ouvir. Não entendi tudo, mas foi o suficiente pra eu parar de pensar por uns segundos e esquecer o que eu não fui capaz. Por meio segundo apaguei o cigarro no cinzeiro de cerâmica marrom anta. Eu não fumo! Apaguei. Pronto. Gritei, quase chutei o pau da barraca mas um led continuava aceso. Tomei um gole do resto do vinho – eu bebo - e o resto de mim apagou-se na noite como um curto circuito faria na casa. Algo ficou pra trás, atropelou-me e não consegui anotar a placa. Ninguém quis comentar, mas algo estranho estava acontecendo, meus dias não passavam e o que era noite era como dia pra mim. Bem que me avisaram, nada é perfeito, até Deus esconde o jogo nessas horas, mesmo jogando no seu time. Todos os míopes viam a movimentação das minhas pernas, admiravam meus sapatos, mas eram dois números menores. Tudo isso passa, inclusive o tempo, ele é foda, inimigo dos que vencem e dos que derrocam. Dormi como quem voltava de um Rave e acordei com a coragem da quarta-feira de cinzas. Como diria Bjork em pluto:

excuse-me

but i just have to explode

explode this body off me

wake-up tomorrow
brand new

a little tired

but brand new