segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Lá vem o "espírito de natal" novamente...


Engraçado como as pessoas mudam da água para o vinho quando chega próxima a data mais importante para o mundo cristão. Ficam sensíveis, preocupam-se em dividir uma pequenina parcela dos seu décimo terceiro, comprando umas cestinhas básicas ou até mesmo presenteando os moradores de rua com suas roupas usadas. Nessa época, até aquela pessoa mais sisuda desvia um pouco a atenção das suas metas pessoais ou até da expectativa da abertura do semáforo no trânsito e dá uma moedinha para aquela criança que está por ali, a maior parte do ano sem ser percebida. O que acontece com as pessoas nessa época?

Tentei estacionar no shopping nesses dias e tive que dá meia volta. Onde estão as vagas para estacionar? A corrida do consumo deu partida meu velho, afinal tudo tem que está pronto para o natal. A casa deve estar impecável, as roupas têm que ser novas, todos tem que receber presentes, inclusive a faxineira viu... A mesa também deve estar farta. Será que se uma dessas metas não for cumprida, uma maldição se lançará sobre a família e no ano que vem tudo faltará?

Outro ponto interessante nas festas de final de ano é o perdão temporário. Eu perdôo todas as desavenças da família, perdôo os colegas de trabalho, perdôo meu vizinho por colocar o carro na frente da minha vaga. Quem não perdoa é no mínimo um ateu insensível, um judeu vingativo ou algo do gênero...Mas o perdão temporário só vale até o dia 31, no máximo com prorrogação até o dia 1º de janeiro. Depois, tudo deve voltar ao normal, junto com a árvore de natal recolhida. O espírito de natal já não deve estar mais por perto pra vigiar-nos.

Voltando a questão das crianças do semáforo...Por que as pessoas acham que só devem dar-lhes algo no final do ano? Será que elas conseguem acumular no estômago as cestas básicas do natal e hibernar por um longo tempo, assim como fazem os ursos polares no inverno? Esse fenômeno precisa ser desvendado pelos cientistas.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Estrela do Cais




No dia em que te achei
Na noite em que me perdi
No jardins abissais
Palavras que não usei
Para mim, mentem mais

Eu não sei quem é você
E falo coisas assim
Pra te ver sorrir mais
Palavras que não usei
Para mim doem mais

O que está acontecendo
O universo aqui em nossas mãos
Palavras que não usei
E que não voltam mais

A tempestade se foi
Deixando no ar um medo
E um desejo de amar
Palavras não usei
E que não voltam mais

O que está acontecendo?
O universo aqui em nossas mãos

Para mim são as estrelas do cais
As linhas revoltas do céu

Palavras que não usei para mim doem mais
Palavras que dediquei a estrela do cais

Porque está amanhecendo
O universo aqui em nossas mãos

Palavras que não usei para mim mentem mais
Palavras que dediquei à estrela do cais

Malthus Queiroz


video no youtube

Olha aee pessoal, essa é uma das minhas músicas preferidas composta pelo Malthus. Infelizmente ela não foi gravada em estúdio. Eu e Fábio fizemos esse registro informal, perdoem a qualidade do audio...