sábado, 8 de março de 2008

Não quero dormir

Prezados leitores,
O blog está tão movimentado que chega a fazer ecos.
Tenho estado meio ausente por motivos de reclusão didática. Um novo concurso para o qual estou me preparando tem me afastado do contato com humanos, até minha pele e face estão tomando formas papíricas devido ao contato com xerox e livros. Peço desculpas pela reclusão e para vocês não ficarem frustrados, segue um poema novo:
Não quero dormir.
Quero sonhar com os olhos bem abertos.
O silêncio faz-me correr deitado
como água derramada no piso seco.
Quero brincar com minha sombra
e apagar a luz quando cansar de vê-la;
escutar o chiado da tv e o barulho da geladeira;
havaina ressecada, barata no taco, pingo da torneira.
Fuçar o fogão e olhar o que tem na panela.
Quero um motivo pra não falar,
fugir do tempo e gritar em silêncio.
Só não quero acordar o dia.

4 comentários:

Anônimo disse...

Formas papíricas, doido? hehehe Massa o poema, cara. Lembra um pouco este texto. Dá uma sacada: manualdeastronomia.blogspot.com
Abraço, irmão

Anônimo disse...

Sem onda, a cor da minha pele já lembra um papel mesmo....preciso de uma praia urgente...ahahahha.

Anônimo disse...

Ass: Theo

Thays Brayner disse...

Meu amígo, aonde é que vc encontra esses termos hem? PAPÍRICAS........essa foi ótima. Visita o meu blog, né cara, tu e Malthus são as únicas criaturas vivas nele. Bjão.