terça-feira, 29 de julho de 2008

A Grande Tormenta

Outono de 2007, 03 da madrugada.


Começam ao surgir os primeiros sinais: pequenas ondulações

causam desconforto na tripulação; calafrios e mal estar

tomam conta dos marinheiros. O balanço se torna intenso,

beirando o insuportável. Há uma esperança inicial que tudo

seja normalizado. Ouve-se um grande barulho - momento de

tensão. Segundos depois, explosões sequenciais de menor

intensidade. Uma forte neblina toma conta do ambiente, mais

explosões, panico geral. Um buraco é visto no casco, alguns

não resistem e começam a saltar, outros tentam permanecer

mas algo faz com que a maioria seja sugada. Não há mais o

que fazer. A força é muito intensa, nada restou. O mar

ficou pequeno com tantos corpos boiando. Levantei, olhei

para trás, observei de cima e com um ar de dever cumprido,

apertei o botão da descarga.

domingo, 20 de julho de 2008

Álbummm

Essa semana estou postando umas fotos que tirei em minha viagem de integração na Chesf em Maio deste ano e estava devendo a exposição. Aproveitando o momento, vou colocar outras fotos também recentes e um vídeo do meu último aniversário. Pra não ficar uma coisa muito careta, aproveito o momento para criticar a banalização da imagem e da exposição do homem pós moderno no mundo pós industrial digital global....dáaa....










Rio São Francisco





















Estamos ai a muitos metros abaixo da superfície,
mais especificamente abaixo do leito do Rio, dentro da usina hidrelétrica. Parece um filme de ficção científica.



















Estão me vendo ali ó?...de camisa branca e calça jeans....








Aí, são os tubos por onde a água do rio passa
para fazer a geração de energia pelas turbinas. Pense num impacto ambiental......
























Uma parte da turma que entrou comigo, em visita


ao Museu de Xingó. Diga ae.. sou o mais bonito...


Abaixo foi a melhor parte....a viagem de catamarã pelo velho Chico....inesquecível.






























Aqui já não tem mais nada a ver com as anteriores....São fotos de Porto, Muro Alto e o monstro(André) que apareceu lá em casa, num feriadão pra protestar contra a lei seca num barzinho.






Esse é machoo!!!















Vou ficar devendo o vídeo.....não tenho mais saco pra tanta edição....ehehhe.

sábado, 5 de julho de 2008

Movimento pós-bandas

Letristas da geração alcool and roll: ocultos, silenciados, não reconhecidos, mas jamais serão esquecidos por quem nunca deixou de lembrar do próprio ato amnético. (what a shit!)

Os poemas abaixo foram adaptados às músicas, qualquer incoerência é por conta disso...


DISTANTE
(Fábio Cordeiro - Lustiank)

Assim tão longe
Tudo se confunde
Entre o exato e o incerto,
Já não consigo ver
Do que está guardado em mim
Porque tão longeTudo se perde
Como um grito que já não ecoa mais
Já não consigo ver
Do que está guardado em mim
Já que vocêNão me entende
Deixa que euPossa me entender
Já que vocêNão se sente
Parte do que sou
Então me deixe em paz
Não diga nadaGuarda em teu silêncio
Todas as palavras
Que você não quis dizer
Pra você nada terminou
Pra mim tudo acaba em você


SALA DOS MISTÉRIOS
(Malthus Queiroz - Van Grogh)
Existe um mundo que gira que para
Existe um mundo que pira que escancara
De taras de Amor
Sem máculas sem dor

Existe um Deus disfarçado de mutante
Existe os teus, teus olhos tão distantes
Com olhar de culpaaaa
Num Espelho tão brilhante....

O Pensamento é a grande sala dos mistérios, a cada dia conheço uma nova porta....

ÊÊ Dois Sentidos para o mesmo termo
Existe a dúvida
Palavras mudas de um enfermo
Existe o amanhecer
Depois do outro acontecer ÊÊÊÊ

O Pensamento é a grande sala dos mistérios, a cada dia conheço uma nova porta....

Vários personagens em monólogos insólitos
Vãs pessoas vis
Universos tão espólitos
Uma família uma nação
Asas do Afeganistãoooo

O Pensamento é a grande sala dos mistérios, a cada dia conheço uma nova porta....



MONDO ZOMBI
(Theo Costa - Lustiank)
FLORESTA DE ASFALTO
ANIMAIS EM LINHA RETA
URUBUS FANTASIADOS
A CAMINHO DO TRABALHO

UM TIRO NA LENTE
CINCO CONTINENTES
MIOPIA DA MENTE
EL MONDO ZOMBI

CORTINA DE FUMAÇA
VENDO FLORES NA ESQUINA
DETEFON, NOVALGINA, COCA-COLA, COCAINA

DISFARCE DE GENTE
PLATEIA CONTENTE
FUTURO AUSENTE
EL MONDO ZOMBI


No dia em que o homem flutuou na terra
(Cláudio Maceió - Lustiank)

Distante de tudo
O silêncio é fatal
Vejo o mundo irregular

Pessoas não existem
No meio da estrada
Cruzes ,vidas, cinzas, ressecas!

E O mundo suspenso
Em uma bolha de ar
A curva do horizonte
pro infinito!


No dia em que o homem flutuou na terra
Ele se viu só
Numa bolha azul
Procurando por si
Nas encostas do fim
Sabia o meio
O começo e o fim.....