Existem diversas teorias a respeito da motivação, todas elas tentando explicar o complexo
sistema do comportamento humano. O que leva as pessoas a se sentirem motivadas e felizes
durante e depois do expediente de trabalho - se é que isto tem alguma explicação...
Uma teoria, de Abraham Maslow, cria uma hierarquia das necessidades humanas,
relacionando-as numa sequência. Segundo o autor, o indivíduo não pensará na próxima
necessidade se anterior não estiver suprida.
-Necessidades fisiológicas : comer, beber, abrigar-se do frio e do calor, dormir, repousar
e ter relações sexuais.
-Necessidades de segurança: moradia, proteção contra perigos concretos e imaginários.
-Necessidades Sociais: Inclusão em grupos na sociedade, amor, afeto.
-Necessidades de Estima: Reconhecimento elevando a auto-estima.
-Necessidades de auto-Realização: O desenvolvimento pleno do seu potencial e a busca da
realização de desafios.
Outra Teoria bastante difundida é a de Frederic Hersberg, onde separa os fatores
motivacionais dos não motivacionais, denominando este último de "fatores higiênicos. O
argumento é que elementos como aumento de salário ou conforto no trabalho e benefícios não
deixam o indivíduo motivado por muito tempo pois logo estariam incorporados a sua rotina.O que realmente influenciariam na motivação prolongada seriam o reconhecimento, desafios,
incremento de responsabilidade e elevação da estima.
Analisando Maslow, algumas coisas parecem ter sentido, outras parecem meio evasivas.Até onde eu chegaria no elenco dessas necessidades com um baixo salário? Conseguiria obter
a tal auto-realização com sonhos frustrados pela baixa remuneração? As empresas oferecem
desafios interessantes ou impôem metas objetivas voltadas a valores? Quais grupos posso me
incluir, além de voluntários assistenciais, sem uma grana extra pro final de semana? Até
onde iria o amor da sua família sem o "din din" para pagar a escola dos filhos?
Passando para Hersberg, se um bom salário é um fator apenas higiênico, prefiro manter-me
desmotivado na semana e ter grana pra passar o final de semana numa bela praia dando
voltas de lancha com os amigos. Não sei se isso se chama capitalismo, mas ver suas contas chegarem no final do mês e ter que sortear quais serão pagas é ultra-desmotivante, eu diria que é broxante.
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4 comentários:
Acho bem interessantes as teorias motivacionais, exceto em um aspecto: parece que elas não levam em conta que o ser humano é contraditório e instável mpor excelência. Um bom salário, desafios vencidos e responsabilidades bem administradas não aniquilarão esse essência inconstante do ser humano, pois sempre haverá um incompletude. Mas é como você falou: mas vale um crise deprê em Paris, afogada em um legítimo bordeaux, do que vomitar cachaça na calçada do Bar do Pedro, ouvindo a Caetés FM. Muito bom esse texto, velho. abraço
Valeu cara...No meu caso nem precisa ser Paris, gravatá já tá de bom tamanho...yehhh..
Theo
Rapaz, sei que esse texto é antigo mas resolvi ler todo o seu blog. Achei muito interessante as duas teorias. O teu texto tá muito bom mesmo. Agora o que me intrigou foi uma coisa: esses dois ganharam bem ou mal no período dessas teorias? Realmente eu prefiro pensar sobre toda essa existência humana e esses desafios diários tomando um bom vinho em qualquer lugar melhorzinho que o Bigode. Gostei da forma como você fez o artigo. Prendeu minha atenção. Bjs
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