terça-feira, 14 de outubro de 2008

Bjork me disse


Bjork falou o que eu queria ouvir. Não entendi tudo, mas foi o suficiente pra eu parar de pensar por uns segundos e esquecer o que eu não fui capaz. Por meio segundo apaguei o cigarro no cinzeiro de cerâmica marrom anta. Eu não fumo! Apaguei. Pronto. Gritei, quase chutei o pau da barraca mas um led continuava aceso. Tomei um gole do resto do vinho – eu bebo - e o resto de mim apagou-se na noite como um curto circuito faria na casa. Algo ficou pra trás, atropelou-me e não consegui anotar a placa. Ninguém quis comentar, mas algo estranho estava acontecendo, meus dias não passavam e o que era noite era como dia pra mim. Bem que me avisaram, nada é perfeito, até Deus esconde o jogo nessas horas, mesmo jogando no seu time. Todos os míopes viam a movimentação das minhas pernas, admiravam meus sapatos, mas eram dois números menores. Tudo isso passa, inclusive o tempo, ele é foda, inimigo dos que vencem e dos que derrocam. Dormi como quem voltava de um Rave e acordei com a coragem da quarta-feira de cinzas. Como diria Bjork em pluto:

excuse-me

but i just have to explode

explode this body off me

wake-up tomorrow
brand new

a little tired

but brand new

6 comentários:

Fábio Gatt disse...

A foto é de Bjork ou sua enquanto estava "viajando"?

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Esse é o Theo escritor (ou escrotor) que todos querem ver. Muito boa leitura. Recomendo a todos. uhuuuu

Anônimo disse...

Fábio...Não sei se tomo essa forma nas viagens....será??

Anônimo disse...

Ae Malthuss, tow mais pra escrotor mesmo, valeussss.

Catarina de Queiroz disse...

Minino... Pronto, era só isso que eu queria dizer.